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zilef

by pedro e pedro

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1.
eu não estou aqui piano, voz, melódica, violoncelo, guitarra, flauta casio eu não estou aqui a cantar para vocês eu estive ali a fixar sons e fixar sons foi trabalhar e o trabalhar foi fixar sons e fixar sons foi combater e combater foi o fazer e o fazer teve cantar e o cantar tinha vocês e vocês é não sei quem eu sei que tu não vais gostar mas eu não estou aqui a sentir muito e a cantar eu estive ali a desenhar a recortar e a colar o que tinha desenhado e vinham cores a discutir o que fazer
2.
os erros são contrários às mentiras 3 vozes, piano serás aberto por dedos revoltados calejados por minúsculas razões é um coro de três homens mãos nos bolsos uma força companheiro mão no vinho eles têm as conversas que não cabem murmuradas mais um copo ainda tenho tempo para o sono ainda sonho com o tempo verdadeiro a mão sai do bolso o pé quieto serás lido só pelos equívocos aí é que as cerejas serão tuas os erros são contrários às mentiras
3.
lágrimas de crocodilo voz, guitarra eléctrica (E, G, F#, E) na verdade quando o poeta descansa se vê que são lágrimas de crocodilo batatinhas e doces pra consolar não compares portanto uma dor à outra ou não entenderás o movimento da bomba que bombeia
4.
eu de cupido 02:47
eu de cupido (vozes) inteiro e incompleto amor à minha frente adiantado o texto feito em aberto a palpitante urgência que encobre o razoável e não larga não me deixa não me esquece o olhar em alvo para te ouvir dizer amor ali adiante em tempo errado e eu de cupido em mosquito picado
5.
poem 02:16
poem (poema de John Cornford, antologia de poesia inglesa) guitarra, voz Heart of the heartless world Dear heart the thought of you Is the pain at my side The shadow that chills my view A wind raises in the evening Reminds me that Automn is near And I am afraid to lose you And I am afraid of my fear On the last mile to Huesca The last fence for our pride Think so kindly dear That I sense you at my side And if bad luck should lay my strength Into the shallow grave Remeber all the good you can And don't forget my love
6.
entre mim e ti guitarra, voz entre a areia e o mar entre as pedras e o pão duro entre a folhagem e a estrada entre a paragem e o autocarro entre ti e mim entre mim e ti para já apenas tu mas depois serás alguém
7.
the monster 01:40
the monster vozes, casio the monster the monster comes and goes the monster plays the play the monster kills the prey the monster comes and goes the monster plays the game the monster comes and goes the monster plays the play the monster kills the prey the monster the monster the monster the monster the monster, the monster the monster plays the game the monster comes and goes the monster plays the play the monster kills the prey the monster comes and goes the monster has no fear the monster's you my dear the monster plays the play the monster the monster the monster the monster the monster the monster the monster the monster
8.
dois no um que se partiu voz, guitarra, melódica Am/E7 G/F/C/G 1. dois num um que se partiu que aliás nunca existiu e deixar correr um pouco mais o que é que faz pergunta que a resposta insatisfaz ambos deslocados um partido e tudo agora divide a paridade salto para um três do velho o novo não morrer não é ainda viver dois 2. o todo em parte é todo tenso como vida e arte os dois que pensam no poema contradito preferir a carne a ser só esp'rito dúplice cantar a duas vozes tal como a voz tem as suas duas cordas assim o céu tem uma terra que o carrega por isso é que o mundo é (está) partido escolhem-se os lados e há mais do que dois
9.
serei apenas pedra piano e voz e som de mota dentro em pouco serei apenas pedra pedra revisitada pelos meninos e as aranhas pedra reaberta pelos cantos pedra resistente em fragmentos pedra perdida cantada por bocas futuras documento da pergunta certa trabalho da palavra dois procura ainda longe do tempo materiais do mundo existindo coisas do outro mundo toscas páginas do sonho flores sobre a vida difícil erros de cálculo com verdades no núcleo libertação discreta e contínua de si mesmo apartada hipótese feliz e zilef
10.
se não me engano guitarra, melódica, berimbau e clavas se não posso ser daquilo nem daqueloutro - evidente então peso a burguesia e fico todo contente vou alterando o contrário sem ser dos que se transcendem digo palavras bonitas às pessoas que se vendem depois saio e estou no tempo que é o mais importante pelo menos nesta casa em que abanaria a asa se não posso virar tudo - seria mal educado então posso virar mosco e ouvir-te no profano se não me engano estou enganado
11.
riscos da linguagem voz, casio bass, percussões tão depressa que se escreve nessa linda maquineta já com riscos muito usada para te rires da linguagem tão devagar que se lê nessa feia coisa humana nunca suja e intocada para chorares do silêncio tudo tão a meio gás nessa massa indefinível nem bem vista nem cegada para fazer equilíbrio tão depressa que se escreve tão devagar que se lê tudo tão a meio gás nessa linda maquineta nessa feia coisa humana nessa massa indefinível já com riscos muito usada nunca suja e intocada nem bem vista nem cegada para te rires da linguagem para chorares do silêncio para fazer equilíbrio tão depressa que se escreve tão devagar que se lê tudo tão a meio gás nessa linda maquineta nessa feia coisa humana nessa massa indefinível já com riscos muito usada nunca suja e intocada nem bem vista nem cegada para te rires da linguagem para chorares do silêncio para fazer equilíbrio já com riscos da linguagem nunca suja do silêncio
12.
depois do jantar de negócios casio, som casio quintas, voz versos de José Gomes Ferreira soltos "Pois não sabes que já milhões como tu e como eu Pediram em vão às aves que procurassem nas nuvens Aquela porta de que nem a morte tem as chaves? E quem a abriu? Quem sabe que porta é? Rapaz! Mais um café!" "Só nós, os que não acreditamos no céu tivemos coragem de gritar a esta carcaça a fingir de vida: Não!" "Vai-te, poesia! Deixa-me ver friamente a realidade nua Sem ninfas de iludir Ou violinos de lua" "A poesia tem pés de terra"
13.
no one's perfect piano, voz no one's perfect on the contrary, the imperfections have been growing ever since
14.
o lenço e o anel guitarras, piano, percussões deixa-me então o lenço corre à volta, passa o anel segura-o nas pontas fura as redes põe as peças prepara o tabuleiro desenha para eu continuar para eu adivinhar escondo-me eu e depois tu não há cronómetro para te encontrar o jogo esticou-se rebenta a bolha!
15.
grande e pequena piano, vozes, percussões agora não medes a folha grande e pequeno pequeno e grande ainda maior agora não medes a folha e a tela e o problema é métrico grande beleza da boca pequena
16.
sobre a liberdade melódica, guitarra, percussões, violoncelo a liberdade pressupõe o uso opção por aqui e agora somos mais livres livre de conhecer as barreiras livre de alargar as fronteiras livre de usar os materiais livre I, said the fly with my little eye I, said the sparrow with my bow and arrow I, said the bull because I can pull I, said the owl with my little trowel I, said the rook with my little book I, said the dove because of my love
17.
olhar assim 02:26
olhar assim piano, voz Dm/G Dm/G Dm/G F/E G/A G/A F/E.... E7 lamento imenso olhar assim parece que não vejo nada vejo tudo a 3 dimensões era melhor cinema e aí seriam projectadas três em duas e das duas uma ou fazemos uma revolução contínua ou morremos devagar e eu não quero morrer devagar
18.
e do outro lado não sofro vozes, piano e do outro lado não sofro deve magoar magoa sim mas doem muito mais os gestos que são mentiras e do outro lado não sofro absurda loucura estupidez desperdício de felicidade prevista que se arrumava por si e do outro lado não sofro embora seja ali que eu viva se queres que resuma loucura é não cometer nenhuma (é do outro lado que eu sofro)
19.
eu fico aqui à espera (improviso a várias vozes) Então, é o fim, acabou? Já acabou ou é intervalo? Mas acaba assim? Como é que acaba assim? Não pode acabar assim... (etc...)
20.
o sonho dentro do sonho piano, voz o sonho dentro do sonho e no sonho acordava sabendo que estava no sonho de dentro só depois acordo mesmo tomo banho visto as calças lavo a loiça levo o lixo um café um café para acordar mesmo para acordar realmente e os cravos foram no lixo

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«Zilef» é um dos álbuns resultantes do projecto «365: uma canção por dia».

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released May 10, 2022

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pedro e pedro Lisbon, Portugal

Pedro&Pedro começou com o projecto «365 - uma canção por dia», realizado entre julho de 2015 e junho de 2016. O Pedro Rodrigues já fazia música antes e continuou a criar canções e outras coisas sonoras consigo próprio desde então. Aqui se encontra de tudo isso. ... more

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